Por Juliana Ferreira Melo

            Auditor Fiscal Federal Agropecuário, encarregado SIF 504 – Serviço de Inspeção Federal em Ituiutaba – MG, Carlos César Gomes dos Santos graduou-se em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 1985, sendo egresso da 14ª turma.

Carlos César Gomes dos Santos (Auditor Fiscal Federal Agropecuário) – Foto: arquivo pessoal

          “Ingressei no curso de Medicina Veterinária no início de 1982 e conclui o curso em 1985. Fui aluno da 14ª Turma. Quando me formei havia decidido por atuar na área de Nutrição Animal, iniciando já em janeiro de 1986 o Mestrado na UFLA como bolsista da CAPES. Mas devido ao cancelamento das bolsas pelo governo Sarney, me vi obrigado a tomar outro rumo na vida profissional. Atuei por 10 anos na assistência em propriedades rurais, até que em 1996 ingressei no IMA - Instituto Mineiro de Agropecuária e passei a fazer parte do GEASE - Grupo Emergencial de Atendimento à Doença Vesicular. Atuei efetivamente em todos os trabalhos para conseguirmos o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, tanto na fiscalização de propriedades quanto na coleta de amostras para sorologia”, conta.

           “No final de 2001, entrei através de concurso público para o cargo de Fiscal Federal Agropecuário do MAPA, assumindo as funções junto ao SIF 3962 em Pontes e Lacerda - MT. Em novembro de 2003 fui transferido para o SIF 504 em Ituiutaba, onde permaneço até a presente data. No MAPA tive a oportunidade de continuar sempre realizando cursos de atualização em diversas áreas, sendo Tipificador de carcaças para Cota Hilton, Auditor para os estabelecimentos habilitados para os EUA, e em 2010 fiz especialização no Controle de Qualidade na Indústria de Alimentos na FAZU”.

           Quando questionado sobre sua área de atuação destaca: “Atualmente, apesar da crise em que o país atravessa, há uma grande carência de profissionais com experiência e conhecimento para atuar na área da produção de alimentos seguros. Passamos por uma quebra de paradigma no Serviço de Inspeção, pois além da inspeção tradicional (ante e post mortem) temos que trabalhar com a inspeção baseada no risco, que foca no produto final, através de análises microbiológicas e de resíduos, dando a responsabilidade de controlar os processos de produção para as empresas. Aguardamos com otimismo que o governo realize novas contratações, pois existe a demanda. A partir do momento em que as indústrias se conscientizarem dessa mudança, haverá uma demanda maior para profissionais nessa área”.

         Ao recordar os anos de graduação na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), destaca: “Os exemplos dos professores que tive durante o período como discente, que lutaram incansavelmente para a instalação do curso de Medicina Veterinária na UFU, com profissionalismo e competência, me deixaram com uma certeza de que com dedicação, persistência, seriedade e embasamento técnico poderia conseguir êxito na minha vida profissional. Procurando ser um disseminador de conhecimentos, recebemos visitas das turmas da UFU, e desde 2004 mais de 70 alunos das mais diversas instituições de ensino fizeram estágio junto ao SIF 504”.

O que diria aos alunos do curso de Medicina Veterinária da UFU, que ainda estão em processo de formação? 

          “A velocidade com que as informações nos chegam hoje, aliada à grande quantidade de profissionais que entram no mercado de trabalho todos os anos, obriga-nos a ter foco, dedicação e buscar o mais cedo possível um estágio em empresas em nossa área, pois ao se formar tem que ter um diferencial para conseguir uma vaga. O conhecimento não se restringe mais às disciplinas do curso, devendo sempre buscar cursos extracurriculares para acompanhar as novas tecnologias” finaliza Carlos César Gomes dos Santos.